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Archive for the ‘Meditação’ Category

Amar ou suportar?

“Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós” (Colossenses 3, 13)

Eis que depois da visita de um casal amigo de mamy e papy, decidi efetivamente ler as cartas de Paulo. E o efetivamente veio sublinhado porque antigamente as lia simplesmente passando os olhos. Aquela leitura que você lê e depois se pergunta “mas o que foi que lí mesmo???”

Escolhi esta passagem por uma razão especial. Já ouviram aquela história “a gente tem que amar nosso inimigo” e “quando alguém der um tapa na sua cara, vira a outra face pra ele bater”? Em resumo, ainda ouço por aí aquela história que devemos ser como Cristo.

Qual a possibilidade de nós, mortais imperfeitos e pecadores, chegarmos ao menos perto do Senhor Jesus? Sem chances, meus caros. Quando que vou amar um pedófilo, um estuprador, um assasino inescrupuloso?

É aquela história: a teoria é boa, mas a prática passa muito longe. E é esta passagem de Paulo vem a deixar mais que explícito a nossa imperfeição. Jesus disse para amarmos nosso irmão. E é claro que só Ele poderia ter dito isto. Jesus é a personificação do amor, sabedoria suprema.

Paulo não disse “amai-vos uns aos outros” e sim “suportai-vos uns aos outros”. E por que isto? Porque Paulo sabia que não poderia amar a todos. Que a proposta de Jesus era maravilhosa e libertadora, mas que éramos (e somos!) tão imperfeitos que seria impossível para nós fazê-lo.

“Suportai-vos uns aos outros”. Muitas vezes me lembro desta passagem quando me encontro numa situação de confronto com alguém. Mas, sinceramente, gostaria de lembrar e praticar muito mais este ensinamento. Que possamos vivenciar isto em nossas vidas.

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A Solidão

Para ouvir:   http://www.esnips.com/doc/a93d5448-94da-4260-b0ba-b66d12cef1cf/Solidão—Alceu-Valença 

  

Solidão – Alceu Valença

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

 

Essa música é muita bonita e me faz lembrar que muita gente tem medo da solidão, assim como muita gente tem medo da morte. Mas analisando um pouco mais profundamente, nascemos sozinhos e morreremos sós também. Ainda que nesta vida acumulemos muitas amizades, que compartilhemos a vida com uma companheiro(a), ainda sim podemos dizer viemos e também nos vamos só.

Há um filme que me tocou bastante sobre isso, que é uma adaptação do livro romanaceado por Richard Bach chamado Fernão Capelo Gaivota (Jonathan Livingston Seagull). No filme há este tipo reflexão, sobre a solitude, sobre o caminho na vida. Quando quiser ir ao encontro de si não há como ir acompanhado. Quando damos o mergulho dentro d’alma, fazemos dentro do vazio e ao mesmo tempo dentro do pleno do nosso ser.

Quando conhecemos nossa Essência e vamos construindo nossa Inteireza, mais fácil vai também vai ficando desapegar do mundo material. E mais compreensivos nos tornarmos acerca de caminhos que percorreremos, assim como decisões que serão escolhidas por nós.

Há uma música do Geraldo Azevedo, chamada Grande Mãe (para ouvir clicar AQUI no link), que eu não conseguia coomprender. Isso ocorria porque existe um trecho na música, em que ele pede à Grande Mãe que ore e desate os nossos nós, e pede para que ela nos torne invendáveis, como também inofensivos e pacíficos, terminando por pedir  para que ela nos deixe eternamente sós.

É um pedido ousado, assim como arriscar-se a estar consigo mesmo. Só depois de algum tempo pude compreender esta súplica. Não é a solidão no significado grosseiro que ele está pedidndo, e sim a que representa o estado meditativo e pleno da alma em solitude e ao mesmo tempo em comunhão com o Todo.

O Encontro de Si e A Morte

Somos apegados e nos identificamos muito com o nosso corpo, com a nossa matéria. E só no silêncio e no vazio, estando só e com o todo que vivemos experiências que transcendem o plano do tátil e vamos nos desembaraçando dos enlaços da matéria.

Assim como ocorre com a carne, também nos identificamos com o tempo e com o espaço e por isso é tão fácil a explicação da imensa tristeza de um dia como Finados, que foi ontem.  Limitamos nossa existência àquilo que nossa mente acostumou a dizer  que é real e a partida de um ente querido parece ser uma morte e uma separação longa e até definitiva. Mas o que não nasceu não pode morrer, pois aquilo que nasce também vai morrer. Em outras palavras, o corpo é aquele que nasce não o espírito – este que não pode nascer, tampouco poderá morrer.

Mas sem despertar para aquilo que é infidável e intocável, estaremos muito ligados ao que é perecível.

Krishna, na cultura védica, diz sabiamente no Bhagavad Gita, o seguinte:

              “Os sábios não lamentam nem os vivos nem os mortos. Nunca houve nenhum tempo em que Eu fosse inexistente, nem haverá futuro em que não existiremos. Como a alma que se encarna passa sucessivamente no mesmo corpo, da infância à juventude e à velhice, igualmente, após a morte, ela toma um novo corpo. E os sábios não se perturbam com essa transmigração. Quem pensa que o ser vivente pode matar ou morrer não entende a realidade, mas quem tem conhecimento sabe que o Ente não mata e que não pode ser morto. Nem nascimento nem morte pode acontecer ao Eu. Ele existe eternamente, transcendental ao devir. Por isso o Eu continua quando este corpo perece.”

 

Esse trecho é o capítulo 2 do Baghavad Gita. Gilberto Gil musicou o restante do trecho acima. Para ler todo o capítulo, clique aqui neste link.

A música se chama Eternidade da Alma e para ouvi-lá há o link abaixo. Segue a letra abaixo também:

Para ouvir:  http://www.esnips.com/doc/e50c7118-79aa-424b-9403-32f105d0c316/04-A-Eternidade-Da-Alma-(Gilberto-Gil)

A Eternidade da Alma

“Aquilo que pelo corpo se espalha, dando-lhe vida, é de natureza eterna. Ninguém pode destruir a nossa alma imperecível.

Só o corpo material certamente morrerá, mas a entidade viva é eterna, sem dimensão e também indestrutível. Lute, pois, com convicção, ó descendente de Bhárata.

Ninguém pode ferir a alma com nenhuma espécie de arma; não há fogo que a queime; a água não pode molhá-la nem pode o vento secá-la.

A quem nasce a morte é certa; quem morre tem que nascer; por isso, no inevitável cumprimento do dever, não há por que lamentar.

Não lamente pelo corpo não, Ó descendente de Bhárata!”

Hoje estive arrumando minhas coisas em minha casa, pois se escrevo algo aqui, tenho um compromisso de pelo menos tentar  fazer o que aconselho. E arrumando, coisinha por coisinha, pude após o dia de ontem, colher material para escrever o post de hoje. Então percebi como tem feito bem ao meu próprio desenvolvimento poder compartilhar nesse site! Grata à todos que entram aqui. Espero que como a Gaivota, do livro do Richard Bach, estejam todos buscando este mergulho dentro da própria alma e procurando algo além da comida fácil do porto, procurando voar, voar longe e para dentro de si.

Abraços,

Cristina Rafaela.

 

* VALE A PENA VER DE NOVO: sugiro à todos que voltem a ler este post abaixo, nas palavras de Lázaro Freire, em virtude do tema que refletimos hoje e também do Dia de Finados. http://espiritualista.concurseiros.org/?p=92

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Serenidade

“A serenidade real não é tão visível na face como nos olhos.

Ninguém pode evitar ser sacudido,

mas ser provocado e ainda manter-se capaz de

mergulhar e tocar sua própria força,

isto é mostrado somente através dos olhos.

Quando uma pedra é jogada na vida de tal pessoa

– uma crítica, um problema, um desafio

– só a superfície fica agitada, nada mais”.

 

(Do livro “A Paz de Todo Dia” – produzido pela Brahma Kumaris – www.bkumaris.org.br)

 

[tags]Serenidade, Mente, Meditação, Brahma Kumaris, livro, problemas, paz[/tags]
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“Para aqueles que são fortes os desafios são a própria razão da existência. Enfrentá-los não significa lutar contra a vida, mas sim aprender com ela. Basta ter coragem para dar o primeiro passo e tudo irá conspirar a seu favor. Não existe nenhum instrumento capaz de produzir escuridão. Ela é simplesmente a ausência de luz. Um sinal de que algo está faltando. Ou uma névoa que está impedindo uma visão mais clara da situação. Mas a luz para iluminar o caminho está bem próxima: dentro de nós. Somos seres de luz. Quando conseguimos acender a percepção das nossas qualidades, todo o cenário se transforma.”

 

(Do livro “A Paz de Todo Dia” – produzido pela Brahma Kumaris – http://www.bkumaris.org.br )

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 André Luiz, em palavras de conforto nos diz  que quando nos observarmos à beira do desânimo, que proibamos a nós mesmos de pararmos e possamos acelerar o passo à frente. Nos orienta a buscar um ambiente em possamos enobrecer nossos pensamentos, assim como ter contato com pessoas cuja conversação melhore o clima espiritual. Ele aconselha que visitemos os enfermos, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as nossas e que sendo solícitos, prestemos favor, especialmente se for aquele favor que estejamos adiando. Tudo isso aliado às orações que chamam a luz para espairecer as sombras, à leitura de páginas que edificam o raciocínio em busca de idéias construtivas.

E sempre em busca da prática dos gestos benevolentes – que devem estar além do cansaço que vemos em nós. Ele completa dizendo: “Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.”

É nesse sentido que o texto do Chico Xavier complementa de modo magnânimo, embora muito simples, as palavras de André Luiz:

 

 

 

Viver em Paz

.

.

.

Mantém-te em paz.

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação. Junta da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito. Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho…

Ajuda-os, enquanto podes.

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.

Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.

(Xavier, Francisco Cândido)

Um abraço em paz principalmente ao Douglas que suporta com paciência meus tempos de não-paz, me trazendo conforto e mensagens altruístas e nobres como estas. E também à Maria, minha mãe, que além de me compreender, também busca a paz de si mesma, sempre.

[tags] Viver em Paz, André Luiz, Francisco Cândido Xavier, Paz, Altruísmo, Equilíbrio, Trabalho, Dêsanimo[/tags]

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SILÊNCIO INTERNO

“Nosso diálogo interno faz tanto barulho,que perdemoso contato com a Vida original. Conseguimos retornar a esse
estado natural,
quando nos mantemos em silêncio.”
Deepak Chopra

“Pascal disse: ‘A raiz dos problemas dos homens
é sua incapacidade de se
sentar só em uma sala,
por qualquer período de tempo’…
Quando nos calamos,
tornamo-nos lúcidos,
e com maior clareza distinguimos
o certo do errado.
Ouvimos com melhor clareza
nosso desejo real,
porque entramos em contato com a
Sabedoria Interna
que reside em nosso interior.”

Mary Manin Morrissey

[tags]Meditação, Silêncio interior[/tags]

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“Assim como você pode observar as coisas que acontecem ao seu redor, você também pode observar seus próprios pensamentos. Veja a mente como um palco e os pensamentos, idéias e imagens como atores entrando e saindo dele. Sem tentar expulsar nem lutar com nenhum pensamento, simplesmente deixe que venham e vão enquanto observa a criação deles.
Se posso observar meus pensamentos é porque eu não sou igual a eles. Eu sou o pensador e não os pensamentos. Esta é uma grande descoberta no processo de meditação.”

(Ken O’Donnell, Caminhos para uma Consciência mais Elevada, Ed. Gente, São Paulo, 1996)

* A ilustração foi feita pelo Victor Farat e pode se encontrada em seu blog. O texto também foi retirado de seu blog.

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[tags]Pensamento, Pensamentos[/tags]

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A Dieta do Meditador

O homem é a única espécie cuja dieta não é previsível. A dieta de todos os outros animais é correta. As necessidades físicas básicas deles e sua natureza decidem o que eles devem ou não comer; a quantidade que eles devem ou não comer, quando devem comer e quando devem parar de comer. Mas o homem é completamente imprevisível, ele é absolutamente incerto. Nem sua natureza lhe diz o que ele deve comer, nem sua consciência lhe diz a quantidade que ele deve comer, nem seu entendimento decide quando ele deve parar de comer.

Como nenhuma dessas qualidades do homem são previsíveis, a vida dele seguiu direções muito incertas. Porém, se houver mesmo um pouco de entendimento – se o homem começar a viver com alguma inteligência, com um pouco de reflexão, abrindo um pouco seus olhos – então não é absolutamente difícil mudar para uma dieta apropriada. É muito fácil, não pode haver nada mais fácil. Para entender a dieta correta, vamos dividir em duas partes.

A primeira coisa: o que o homem deve comer e o que ele não deve comer? O corpo do homem é feito de elementos químicos. Todo o processo do corpo é muito químico. Se o álcool for ingerido pelo homem, então seu corpo será afetado pela química – ele ficará intoxicado, inconsciente. Por mais saudável que seja, por mais pacífico que o homem possa ser, a química da intoxicação afetará seu corpo. Por mais santo que o homem seja, se lhe for dado veneno, ele irá morrer.

Qualquer alimento que leve o homem para algum tipo de inconsciência, algum tipo de excitação, algum tipo de extremidade, algum tipo de perturbação, é prejudicial. E o maior, o dano mais profundo é quando essas coisas alcançam o umbigo.

Talvez você não esteja cônscio que na naturopatia por todo o mundo, sacos de lama, comida vegetariana, comida leve, tiras de pano embebidas com água e banheiras estão sendo usadas para curar o corpo.

Mas nenhuma naturopatia ainda entendeu o ponto que o efeito das tiras embebidas em água, sacos de lama, ou das banheiras sobre o corpo não é tanto devido às qualidades especiais delas, mas por causa de como elas afetam o centro do umbigo. E assim, o centro do umbigo afeta o resto do corpo. Todas essas coisas – a lama, a água, a banheira – afetam a energia dormente no centro do umbigo e quando essa energia surge, a saúde começa a aparecer na vida da pessoa.

Todavia, a naturopatia ainda não está ciente disso. A naturopatia acha que talvez esses efeitos benéficos estão vindo dos sacos de lama ou dos banhos nas banheiras ou das tiras embebidas sobre o estômago! Eles trazem benefícios, mas os benefícios reais estão vindo do despertar da energia nos centros adormecidos do umbigo.

Se o centro do umbigo for maltratado, se uma dieta errada, uma comida errada for utilizada, então vagarosamente, o centro do umbigo se torna dormente e sua energia fica enfraquecida. Bem lentamente, esse centro começa à adormecer. Finalmente, ele praticamente vai dormir. (mais…)

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